Carnaval 2008: a palhaçada do costume

Está quase e – como sempre – até sábado passado eu achava que estava tudo pronto. Claro que ontem me dei conta que afinal está bem longe disso, mas Carnaval sem estar à tarde a preparar as coisas para vestir à noite, não é Carnaval. Pelo menos na minha santa terrinha.

Mas os problemas com estes dias festivos, começam meses antes de eles chegarem. Normalmente em Agosto o meu grupo já sabe como se vai mascarar, a questão é que depois de mais de uma década a arranjar duas fantasias por ano, começa a ser difícil ter ideias…

Já fui Minnie, Capuchinho Vermelho, “treinador da bola”, freira, Falbala, Mãe Natal, Deusa da Floresta, Boneca de Trapo, Diaba, e sei lá que mais… Regra geral perco metade dos acessórios durante a noite e chego a casa com outros tantos que não me pertencem. Faz parte, e nunca se sabe se não vão dar jeito para o ano seguinte!

Ainda me lembro de quando estava no Liceu. Era tudo no segredo dos Deuses, para ninguém copiar a ideia. Comprávamos tecido, mandávamos fazer. Uma parafernália de rituais que fomos perdendo, porque a idade é outra e o tempo cada vez menos. Este ano, comprámos quase tudo feito, com algumas reciclagens de acessórios de outros fatos. Em vez de cinco noites de folia, vão ser só três, porque isto de já ser “crescido” tem os seus inconvenientes e a malta tem de trabalhar.

Mas como há coisas que nunca mudam, a minha casa vai ser o hotel de serviço, com visitas para dormir a entrar e sair em todas as noites. Não me queixo. É a única altura do ano em que me a minha mãe não me chateia, nem pergunta a que horas vou chegar. Já sabe que chego cedo. Oito da manhã é uma hora que “ninguém desconfia”.

O Carnaval na minha terrinha é contudo um Carnaval de extremos: ou se adora ou se odeia. Habitualmente quem não bebe álcool odeia, mas eu nunca percebi muito bem a relação. Seja como for, ontem falaram-me em 16 garrafas de vodka, por isso “cheira-me” que vai ser um belo Carnaval…

DIVIRTAM-SE

E

ATÉ PARA A SEMANA!!!