ZEN de Zagres e Festival Zuper-Bock

Pois é, tenho andado meio desaparecida mas o Verão tem destas coisas.

Depois de realizar um quarto de século (obrigado a todos pelos Parabéns :P), não ter chorado este ano (devo estar mesmo a ficar crescida!) e ter tido um aniversário que mais parecia um casamento cigano (pois durou de sexta-feira a domingo e onde até o Eusébio apareceu!), subitamente, que nem anúncio da EVAX “quando menos esperares algo incrível te pode acontecer”, aqui a Principessa deu por si com um convite para ir acampar.

Podia não ser nada de mais, ou não fosse a primeira vez na minha vida! Eu sei que já dormi em sítios estranhos como estábulos, muitos carros, praias ou sofás, mas acampar NÃO!

Isto de ser da realeza tem destas coisas, mas lá meti a mochila às costas e arranquei para uma aventura de vários dias em terras monárquicas de Infante, que é como quem diz, rumo a Sagres!

Chegados ao local, deparo-me não com um parque de campismo, mas sim com um campo de futebol. Tudo bem que gosto de bola, mas a organização do Festival bem que podia ter arranjado um local melhor.

Levámos connosco uma fantástica tenda “3 segundos”. O que ninguém explicou quando a vendeu, foi que ela até se pode montar nesse tempo, mas prender as estacas ao chão com rajadas de vento de vários nós, pode levar coisa de, no mínimo, 30 minutos!

Nada como ir com rapazes nestas aventuras. Que o diga eu e a minha vizinha da frente, pois a única coisa que tivemos de fazer, como donzelas que somos, foi metermo-nos dentro das tendas para que estas não voassem, enquanto os moços se armavam em chicos-espertos e mostravam os seus dotes másculos.

Claro que a coisa não correu bem. O meu Toperinha lesionou-se nas costas (que um criativo é feito para ter ideias e não para trabalhos duros), e os amigos da minha vizinha, embora em maior número, acabaram por desistir e no dia seguinte, quando acordo, deparei-me com as tendas deles presas ao chão com calhaus!

Escusado será dizer, que com o vento que faz em Sagres, no final do primeiro dia as ditas tendas já estavam todas desmontadas e dois deles acabaram por dormir no carro na noite seguinte!

O bom de um Festival de Surf é que implica haver mar e o espírito zen se contagia facilmente.

Em 3 dias consegui uma única vez tomar banho de água doce. Vá, não façam essa cara! Vejam pelo lado ambiental, pelo menos ajudámos a poupar água, o que actualmente, com o aquecimento global (e se o raio da tenda aquecia com o sol!) e com o uso abusivo de recursos, só me ficou muito bem. Infelizmente não me consegui libertar totalmente da “civilização”, e hoje se encontrasse o Sr. que inventou as toalhitas Dodot, enchia-o de beijos! Graças a ele, apesar de só tomar banho de mar, andei todos os dias a cheirar a rabinho de bebé acabado de limpar!

Estava de férias já há uma semana, e foi preciso ir para um Festival de Verão, para dormir uma noite seguida e libertar-me de todos os stresses e preocupações dos meninos crescidos.

O lado negativo foi a alimentação. Tanto tempo a comer sandes e a beber Super Bock (tinha de ajudar o patrocinador do evento que me fez finalmente relaxar!) acabou com a minha dieta. Claro que nem todos os campistas sofreram do mesmo mal, pois embora estando num campo de futebol, alguns experts da arte de acampar, até esparguete à bolonhesa fizeram (e que bem cheirava!).

Como tudo tem o seu lado positivo, até a cerveja me fazer ir à casa de banho de 20 em 20 minutos me levou a arranjar muitas amigas! Uma delas dizia-me “se conseguiste acampar aqui, acampas em todo o lado!”.

Verdade ou não, a coisa correu muito bem. Sou uma princesa do povo, quem diria?

Porque ainda me faltam uns dias para voltar ao work, vou continuar o meu tour pelas praias ventosas deste nosso Tugal e partir para a Ericeira. Desta vez já tenho casa, mas levo comigo o espírito zen e o bronze, que é tal, que já nem as sardas se vêm! (não me estejas a rogar pragas, pah! Lembra-te do outro anúncio “coisa feia a inveja!” eheh).

Até para a semana meus bastardinhos!